quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Apple apresentou o iPad

In "DN - Ciência":

ipad Steve Jobs, o CEO da Apple, apresentou hoje, no 'Apple Event' em São Francisco, Califórnia, a nova engenhoca da empresa que promete revolucionar o mundo da tecnologia: uma mistura de 'smartphone' e computador portátil, que se parece com um iPhone gigante e vai estar à venda a partir de Março, com preços entre 499 e 829 euros.

Depois do iPod, que revolucionou o mundo dos aparelhos pessoais de reprodução de música, a Apple acaba de lançar o iPad, um sistema que promete revolucionar também o mundo dos computadores pessoais. Steve Jobs referiu-se ao iPad, antes do seu lançamento, como "a coisa mais importante que alguma vez fez". Manteve-a no segredo dos deuses até às 18:00h de hoje (hora de Lisboa), quando a apresentou no Yerba Buena Arts Centre, em São Francisco, no estado americano da Califórnia.

Como o DN escreveu hoje na sua edição em papel, os rumores dos blogues de referência sobre tecnologia não se enganaram muito sobre o que é o iPad: um híbrido tecnológico com características de smartphone, leitor de livros electrónicos e netbook. Quem viu o iPad em primeira mão - jornalistas e 'bloggers' de todo o mundo convidados para o 'Apple Event' - é unânime: parece um iPhone gigante, mas não faz chamadas telefónicas.

O blogue do Guardian cita Steve Jobs na apresentação: "Toda a gente usa um portátil e/ou um 'smartphone'. A questão é: há espaço para um aparelho que se situe entre os dois? Perguntámo-nos isto durante anos, mas a fasquia era bastante alta". O patrão da Apple, que fez questão de dizer que já tem um iPad, apareceu em público com o visual que sempre o caracterizou: calças de ganga, camisola de gola alta preta, muito entusiasmo e qualquer coisa "mágica" (nas suas próprias palavras) nas mãos.

"Estes aparelhos devem ser muito melhores para fazer coisas verdadeiramente importantes; senão, não têm razão de ser", justificou Jobs. E quais são essas coisas verdadeiramente importantes? Tudo o que o iPad consegue fazer: navegar na Internet, enviar e receber e-mails, ver fotografias e vídeos, ouvir música, jogar, ler livros. Tudo através da tecnologia 'touch-screen', na ponta dos dedos, sensível ao toque e sem botões.

Apple continua aposta nas aplicações

O iPad, como o iPhone, funciona à base de um sistema de aplicações (programas). As aplicações que correm no aparelho são desenvolvidas por parceiros da Apple e distribuídas (de forma gratuita ou não) numa loja online, a App Store. Na verdade, qualquer pessoa pode ter um "software" criado por si num iPad ou num iPhone, desde que o mesmo tenha sido aprovado pela Apple. Em Portugal, o Sapo e a Vodafone são duas das empresas com aplicações aprovadas pela gigante de tecnologia norte-americana, eterna rival da Microsoft de Bill Gates.

iPad não suporta Flash e pode ficar um mês em stand-by

O iPad tem apenas 12,7 milímetros de espessura, pesa 680 gramas, mas a sua  bateria pode permanecer um mês em 'stand-by' ou correr um vídeo durante dez horas seguidas. É compatível com o sistema iTunes - de reprodução e venda de vídeo e música - e com a App Store, que impulsionou o sucesso do iPod e do iPhone. Suporta a tecnologia Wi-Fi (de Internet sem fios).

Durante a demonstração e enquanto manipulava o iPad, Steve Jobs mostrou vídeos do YouTube em alta resolução e fotografias do site de partilha de imagens Flickr. E revisitou uma questão que surge desde o lançamento do iPhone: o iPad não suporta a tecnologia Flash, amplamente disseminada pela Internet. Não se sabe até quando.

Depois do iTunes, o iBooks

Apesar de todas as aplicações disponíveis para iPhone poderem ser utilizadas no iPad (mais de 140 mil), o New York Times foi a primeira empresa a apresentar uma aplicação exclusiva para o novo iPad, precisamente na apresentação oficial de hoje.

O jornal L.A. Times revelou que uma equipa do New York Times tem trabalhado, nas últimas semanas, na sede da Apple, na Califórnia, para desenvolver esta aplicação (foto na galeria acima). O Kindle, leitor de livros electrónicos e jornais da Amazon, terá finalmente um rival à altura?

Pelos vistos, sim: depois do iTunes, que mudou o panorama da venda de filmes e música através da Internet, Steve Jobs anunciou também a criação do iBooks, um programa para ler livros electrónicos e uma loja 'online' para adquiri-los. E apesar de apresentar um produto com todas as características para fazer concorrência ao Kindle, fez questão de elogiar o trabalho da Amazon, sua fabricante.

Preços a partir de 499 dólares, nas lojas em Março

O iPad vai estar à venda nos Estados Unidos dentro de 60 dias, no final de Março, e vai custar a partir de 499 dólares (cerca de 355 euros). Existem vários tipos de modelos: os mais baratos têm menos capacidade para guardar ficheiros e aplicações e não suportam a tecnologia 3G. Quem quiser esta tecnologia, uma das bases do sucesso do iPhone, que permite aceder à Internet em praticamente qualquer lugar - pagando uma verba a uma operadora de telecomunicações móveis -, terá de pagar 130 dólares adicionais, quantia válida para qualquer um dos modelos.

Apesar de tudo o que ainda há para revelar sobre o novo gadget da Apple, foram finalmente dissipadas as dúvidas sobre o nome do aparelho: ao contrário do que os blogues de rumores previam, o novo gadget da Apple não se chama iTablet nem iSlate, mas iPad.

Especificações do iPad

Espessura: 12,7 milímetros
Peso: 680 gramas
Ecrã: 246,38 milímetros de largura
Processador: 1GHz Apple A4 chip
Memória flash: entre 16 e 64 gigabites

Preços

499 dólares - 16GB, sem 3G
599 dólares - 32 GB, sem 3G
699 dólares - 64GB, sem 3G

(mais 130 dólares por modelo se quiser suporte 3G)

Apresentação oficial do iPad:

Vídeo promocional da Apple:

Ver:

Apple’s January 27 “Latest Creation” event – Meet the iPad

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Depois do USB 2.0, chega o USB Super Speed 3.0

In "PUBLICO.PT":

Os responsáveis do Fórum para o Desenvolvimento do USB (USB Implementers Forum- USB-IF) aproveitaram o Consumer Electronics Show (CES), que decorreu até ao passado fim-de-semana em Las Vegas, para fazerem uma demonstração do novo USB 3.0, ou seja, uma nova tecnologia que torna a transferência da dados até dez vezes mais rápida e mais eficiente do ponto de vista energético.

A evolução das conexões USB (Universal Serial Bus), que permitem ligar aos computadores todo o tipo de periféricos, tem avançado a bom ritmo. Mas este novo USB Super Speed 3.0 poderá mitigar as inovações durante algum tempo: através desta nova tecnologia, é possível multiplicar por dez a velocidade das actuais conexões.


A grande diferença reside no facto de o USB 2.0 dispor de quatro linhas - duas para dados, uma para a corrente e outra para a ligação-terra - e o USB 3.0 passar a dispor de cinco linhas. Duas delas são usadas para o envio de informação e outras duas para a recepção, de forma que o trânsito dos dados é bidireccional, coisa que não acontecia com a tecnologia 2.0.


Consequentemente, através dos novos USB 3.0 poderão transferir-se 27 gigabytes de informação (aproximadamente o volume de dados contido num filme em Blu-ray de alta definição) para um periférico em apenas 70 segundos, ao passo que a mesma quantidade de informação tarda 15 minutos a ser transferida através de uma ligação USB 2.0.


A nível energético, o USB 3.0 - que chega ao mercado nas próximas semanas - é igualmente mais eficiente, consumindo apenas um terço da anterior geração de USB. A nova tecnologia é igualmente compatível, retroactivamente, com a antiga geração de USB.


Já são vários os fabricantes comprometidos com a instalação da nova tecnologia: Asus, Fujitsu e HP já têm prontos modelos de portáteis com o novo USB e a Western Digital e a Seagate também já vão incluir o Super Speed 3.0 nos seus discos externos.

 
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